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IMPRESSÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS.
ENTREVISTADA:
MARIANA HELENA DE JESUS
1-Você é
escritora de texto e poemas. Quando você percebeu essa aptidão?
Meu primeiro
poema eu escrevi em 1993, na época foi uma forma que encontrei para homenagear
um grande amigo. Desde então vivo escrevendo, por gostar, e por vezes, para
presentear pessoas que gosto muito, e geralmente escrevo por hobby, e depois
arquivos as poesias. Já os textos reflexivos e motivacionais comecei mesmo a
escrever diariamente desde 2012, quando fui morar no Paraná, e foi uma maneira
de dizer aos amigos que aqui ficaram, que eu lembrava deles, e que independente
dos desafios e obstáculos que acontecessem em suas vidas, tudo era superável.
2-
Mariana Helena de Jesus seria a mesma pessoa se não tivesse vivido essa
experiência? Por que?
Eu jamais
seria hoje quem sou se não fosse a experiência de ter morado em tantos outros
lugares, de ter conhecido tantas pessoas e culturas diferentes, e se não fosse
meu devotamento em escrever, pois o exercício da escrita é uma terapia que me
auxilia a encarar minhas próprias dores, tempestades e quedas, sob uma
perspectiva positiva, de aprendizado, e sobretudo, evolutiva.
3- Você é
conhecida no Brasil inteiro por escrever e publicar diariamente textos de autoajuda
no seu blog intitulado “Tempestades, Desafios e Superações”. O que te leva a
ter esse compromisso diário?
A
necessidade motivacional das pessoas. Hoje tenho um compromisso direto com
grupos do whatsapp de leitores diários das mensagens em
14 estados brasileiros, além de outros leitores que já recebem as mensagens por
outras pessoas, ou que acompanham diretamente pelo blog, ou pelas redes sociais
(facebook, instagran, google+, e outros
sites). Logo pela manhã envio as mensagens por várias listas de transmissão,
para uma média de 860 pessoas, e grande parte dessas pessoas repassam para
outros contatos e outros grupos, ou compartilham em suas redes. Não poderia
dizer exatamente quantas pessoas ao todo recebem, e nem em quantos estados os
textos chegam, pois o repasse é viral. E o meu compromisso se sustenta nessa
necessidade espiritual que as pessoas possuem de receber uma palavra de
motivação, para se fortalecerem diante de seus dias cheios de impossibilidades,
desafios e limitações, perante suas lutas cotidianas, e de suas rotinas tantas
vezes exaustivas e desmotivadoras. E assim como as mensagens foram pouco a
pouco chegando até as pessoas, as pessoas foram chegando até mim, e hoje tenho
amigos por todo o Brasil, que entraram em contato justamente por causa das
mensagens, para agradecer a importância delas em suas vidas, para contarem seus
problemas, testemunharem suas vitórias, e assim, vamos edificando os laços de
gratidão, admiração, e de apreço.
4- Então,
podemos levar nossas experiências e convicções espirituais para o papel, para o
meio artístico?
Sem dúvida
que sim. Toda arte surge da necessidade de exteriorização de um sentimento, de
uma emoção, um desabafo, uma revolta, um protesto. O nosso interior precisa de
liberdade, de voos, externar suas angustias, anseios, expectativas, sonhos. E
escrever é uma das mais valiosas oportunidades para livrar-se dos sufocamentos
da alma e do coração, e para praticar a reflexão.
5-Você
teve a oportunidade de ser co-autora de
poemas com Dailson Mutuca,
criador do folhetim A Moska. Dailson Mutuca
ainda vive?
Claro que
sim! A essência revolucionária dele permanece viva em tudo o que ele escreveu,
em tudo que criou, que projetou em parceria com outras pessoas, e especialmente
na lembrança daqueles que conheceram sua arte, sua ousadia, e sua
inconformidade social.
6- Você
já foi militante de partidos políticos. Existem de fato entre os grêmios,
militâncias e afins o incentivo e o zelo pela arte e cultura?
Militar em
um partido politico é um pouco mais diferente do que atuar em um grêmio ou
entidade estudantil, pois no partido o interesse é mais voltado aos processos
eleitorais e aos interesses do próprio partido, de acordo com seu estatuto, com
sua posição no cenário politico que ele ocupa em uma determinada cidade,
região, estado, ou numa esfera governamental. Obviamente que a atenção e o
incentivo à cultura estão inseridos dentro dos projetos políticos. Já nas
entidades estudantis, a exemplo dos grêmios, pensar “arte e cultura” nem sempre
é fazer “arte e cultura”, porque tudo é muito limitado, os grêmios não tem a
força de um partido político, e suas ações estão mais restritas aos interesses
e direitos dos estudantes em suas respectivas instituições de ensino, embora
possam fazer mais, ir mais além. Todavia, nos dias de hoje é muito difícil e
complicado manter o fortalecimento de uma instituição estudantil, quando a
consciência da coletividade está fragmentada.
7- Você
tem encontrado parcerias, incentivo e pessoas com afinidade? Ou você sente-se
ilhada?
Com relação
a literatura, a escrita, a arte, a cultura, é dificílimo o incentivo de
investimentos, mas é grande o apoio das pessoas que possuem o mesmo interesse,
com esses tenho bons contatos e relações, porém ainda poucos se comparados ao
que eu gostaria de ter, no entanto, eu particularmente, escrevo por
hobby, por uma autorrealização, por um interesse pessoal meu, em fazer bem a
outras pessoas através das palavras. E isso independe de apoio, incentivo, ou
mesmo de reconhecimento e aplausos.
8-E falando
do passado, você já dançou em bandas. Há incentivo para as expressões corporais
em nosso município?
Dancei em
bandas em meados dos anos 90, e desde então não tenho envolvimento nessa área
artística, sei apenas que na cidade de Bezerros há grupos artístico-culturais
de dança, mas não tenho a informação se eles recebem incentivos por parte do
poder executivo municipal, ou de outras esferas e instituições.
9-Qual
seu grande sonho para o futuro da arte e cultura?
Para mim eu
desejo continuar escrevendo e tocando cada vez mais pessoas com as palavras. E
culturalmente para o mundo eu desejo que todas as pessoas possam desabrochar
seus dons artísticos, ou que pelo menos percebam o quanto a arte pode deixar o
mundo mais belo e iluminado, e trazer um novo oxigênio as suas vidas.
10-Quem é
Mariana Helena de Jesus?
Embora eu me
apresente em minhas redes sociais com essa descrição: Sou filha da poesia,
fragmentos de canções, versos de declarações de amor inesquecíveis. Sou metade
amor, metade dor, resignação constante, fé imbatível. Sou a luz após o
horizonte, sou menina, criança, mulher. Sou eu meu próprio soldado, general de
minhas batalhas, medalha de honra de minhas vitórias. Sou lágrimas, sorrisos e
abraços, sentimento incondicional. Sou eu, assim simplesmente, passando pela
vida em forma de palavras e de poesia”. Eu diria ainda, que sou uma andarilha
em busca de respostas, tentando errar menos e acertar mais, buscando me doar o
máximo possível aos que de mim precisam. Não sou boa o suficiente, nem má o
quanto alguns pensam, sou apenas mais uma ovelha que Deus todos dias resgata de
volta ao seu rebanho.
O
Blog Bistrô do Matuto: www.bistrodomatuto.blogspot.com.br
agradece a disponibilidade da escritora Mariana Helena de Jesus.
Acesse o blog de
Mariana Helena de Jesus: www.marianahelenadejesus.blogspot.com.br/
Sigo Maria Helena a muito tempo, tenho aprendido muito com as mensagens motivacionais dela, é de grande valor e ajuda para quem a segue.
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